Giulia estrela espetáculo no gelo

 

Giulia Flemming, de apenas 13 anos, participou nos dias 24, 25 e 26 de abril, da produção teatral Fairy Tales on Ice, na cidade de Centennial, no estado americano de Colorado, que recebeu mais de 150 patinadores para o show.

Giulia Flemming (1)  Giulia atuou como uma das estrelas do show ao lado dos patinadores americanos Max Aaron e Polina Edmunds. A peça teatral foi realizada em prol de portadores de Alzeimer.

Para quem conhece pouco do esporte, Max Aaron já foi campeão nacional dos Estados Unidos e hoje integra o time americano de patinação no gelo. Polina Edmunds é a recente campeã da competição “Four Continents” e representou os Estados Unidos na última olimpíada de inverno em Sochi.  Giulia conquistou uma das 6 posições de destaque no show, representando Giselle do filme “Encantada” e para tanto, passou por uma bateria de testes para a seleção dos patinadores principais.

 

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O sucesso da campineira tem sido obtido por meio de de muito esforço. Sua rotina de treinos começa às 4h30 da manhã, quando patina por quase três horas antes de ir à escola. Depois dos estudos participa de atividades de fortalecimento e condicionamento, ballet, interpretação e aulas fora do gelo, totalizando uma média de 25 horas de treino por semana.

Mesmo diante de tantas atividades, Giulia é aluna da sétima série da escola Summit Ridge e possui um boletim impecável em todas as matérias, sendo que em matemática e inglês ela faz aulas compatíveis com o decimo primeiro ano escolar.

Giulia participou também, em julho do ano passado, da seletiva da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo e passou a ser uma das mais novas  integrantes do time brasileiro.

Giulia Flemming (2)

 

Atualmente, Giulia participa de competições do nível intermediário nos Estados Unidos, apenas Jdois níveis abaixo de competições televisionadas nacionalmente. Já começou a aprender saltos triplos e batalha para tornar seu “double axel” consistente. Giulia é bem assessorada por sua técnica principal, Julie Morris e outros técnicos conhecidos internacionalmente como Dianne Miller e Ryan Jahnke.

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Isadora Williams posta vídeo de Giulia no facebook

 

Isadora Williams, primeira patinadora artística a ganhar uma medalha pelo Brasil em uma competição internacional, em 2012, e  a primeira a representar a patinação do país numa Olimpíada de Inverno, na Rússia, em 2014, postou um vídeo da Giulia no facebook!

As duas estiveram juntas na seletiva brasileira em julho de 2014, onde puderam trocar experiências!

Obrigada pelo carinho Isadora!

 Clique na imagem para ampliar!

Giulia no face da Isadora

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Término da Seletiva

Acabou

Amanda, Maria e Giulia atrás; Matheus, Karolina, Isadora e Luiz

Terminou nesta sexta-feira a primeira seletiva de patinação artística do gelo do Brasil. O evento, que na verdade foi um período de treinos com os seis principais atletas do país, serviu para unir pela primeira vez os competidores e poder realizar um planejamento a longo prazo com eles.

Nos últimos cinco dias os brasileiros Luiz Manella, Isadora Williams, Karolina Calhoun, Maria Eugênia Lopes, Amanda Kalluf e Giulia Flemming participaram de atividades dentro e fora do rink de gelo e que foram detalhados aqui. Com estes dados, a CBDG pode, pela primeira vez, montar um plano estruturado para todo o ciclo olímpico. Além, é claro, de atrair possíveis patrocinadores!

Ao colocar a nata da patinação artística para treinar no mesmo local em um período de tempo, a entidade conseguiu atrair mídia e bombou as redes sociais – ainda que tenha gerado uma polêmica na semana passada. Estar presente em vários canais digitais é essencial para conseguir novos parceiros.

Porém, o mais importante foi o entrosamento adquirido por atletas nessa semana. Fico feliz de ver pipocarem fotos e vídeos nas redes sociais com os seis atletas se divertindo e curtindo este momento. Como disse em outro post, eles deveriam aproveitar ao máximo esta oportunidade. Pelo visto, conseguiram!

por giuliaskater

Bastidores

 

Durante os puxados treinos, sobrou tempo para fazer novos amigos, cuidar da maquiagem e relaxar com a turma na piscina!

Na imagem, Isadora Willians, primeira brasileira a se classificar na patinação artística no gelo para uma Olimpíada de Inverno, em 2013, maquia Giulia.

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Nesta foto, as atletas brasileiras distraem na piscina !

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por giuliaskater

COMEÇOU

 

 

 
Luiz Manella durante treinamento (Comunicação/CBDG)

Teve polêmica, reclamação, elogio e confusão. Mas a seletiva com cara de clínica da CBDG começou e pôs o sexteto com mais chances de classificação olímpica nas próximas duas edições para treinar na pequena cidade de Little Falls, nos EUA.

Isadora Williams, Luiz Manella, Maria Eugênia Lopes, Karolina Calhoun, Giulia Flemming e Amanda Kalluf serão avaliados até o dia 25, na sexta-feira para a elaboração de planos específicos para cada atleta visando o ciclo olímpico de 2018 e 2022 (principalmente nos casos de Giulia e Amanda, as mais novas com 12 anos). 

A CBDG postou nesta terça-feira um pequeno relato das atividades desenvolvidas pelos seis atletas. Eles começam com 1h30 de freeskating (patinação livre), onde treinam elementos técnicos de patinação supervisionados pela treinadora Kristen Fraser, técnica com 10 anos de experiência e com duas participações olímpica (2002 e 2006) na dança no gelo por Azerbaijão. 

Depois, todos participam de uma atividade na academia Parabolic e são avaliados individualmente. Professores especializados medem intensidade do salto, força, equilíbrio e elasticidade para saber onde cada patinador precisa de reforço para obter um nível físico alto. Após duas horas de descanso, eles voltam ao gelo para treinos de saltos e outros elementos técnicos com os professores Igor Lukanin (companheiro de de Kristen Fraser quando competiam na dança no gelo) e Vitaly Danylchenko, ex-patinador da Ucrânia. 

“Além da avaliação individual dos atletas selecionados, a CBDG está criando um canal de comunicação em quem mais investe nos patinadores hoje: as famílias. O dinheiro gasto por eles para chegar ao nível que estão é muito grande. A partir desse investimento, estamos dando o suporte necessário para que possam trazer o retorno que tanto sonham, que é a disputa de grandes campeonatos. Com isso, conseguimos a divulgação e fomento da patinação para todo o Brasil, ponto importante para o crescimento do esporte como um todo”, comentou Matheus Figueiredo, superintendente técnico da CBDG no site da entidade. 

Os trabalhos seguem até o dia 25, quando os seis patinadores irão exibir seus programas curtos e longos em uma apresentação aberta ao público. 

A caçula Giulia também não escapou! (Comunicação/CBDG)
 
por giuliaskater

UM CLIQUE!

Amanda, Isadora, Giulia, Maria, Karolina e Luiz (Divulgação/CBDG)

Essa é a foto que antecedeu o primeiro treino da seleção brasileira de patinação artística no gelo. Desta segunda-feira até a sexta, dia 25, os seis atletas participarão de atividades dentro e fora do rink para serem avaliados e preparados para as próximas temporadas.

Bom, Isadora e Luiz já são figurinhas conhecidas e dispensam avaliações. O lance é torcer e pegar informações das outras quatro jovens. Amanda e Giulia, as mais novas e que miram os Jogos de 2022. Maria Eugênia Lopes e Karolina já com chances reais em 2018. Não podemos negar: é uma equipe muito talentosa.

Aguardo ansiosamente os boletins informativos da CBDG – o primeiro deverá vir amanhã, relatando o primeiro dia. Que os seis possam aproveitar ao máximo essa experiência única.

por giuliaskater

DO PRANTO FEZ-SE O RISO

Giulia Flemming (Arquivo Pessoal)

“De repente do riso fez-se o pranto”. Essa é apenas uma das belas frases imortalizadas pelos sonetos de Vinicius de Moraes. Entretanto, neste post, ouso inverter a lógica do poetinha. Até porque a história de Giulia Flemming na patinação artística no gelo é do pranto que se fez o riso.

A brasileirinha de 12 anos é uma das integrantes da seletiva da modalidade, que começará nesta segunda-feira, dia 21, e termina na sexta-feira, dia 25. Além dela, estarão presentes os já conhecidos Luiz Manella e Isadora Williams e as promessas Karolina Calhoun, Maria Eugênia Lopes e Amanda Kalluf.

E pensar que a patinação entrou na vida de Giulia e toda a família Flemming em um momento de tristeza. Nascida em Campinas, no interior paulista, mudou-se com a família em 2009 para os EUA. Com sete anos na ocasião, ela estava triste por ficar longe das amigas e dos avós. Para distraí-la, os pais resolveram levá-la para um rink de patinação. Conseguiram mais do que isso!

“Eu me apaixonei pelo esporte desde quando patinei pela primeira vez. Ganhei meu primeiro par de patins do meu tio Pete e quando comecei a fazer aulas de ‘Learn to skate’, uma técnica falou que eu levava jeito”, confirmou a jovem ao Brasil Zero Grau.

Nascia ali a carreira de uma promissora atleta brasileira de patinação no gelo. Em duas temporadas ela já conquistou seis medalhas de ouro em torneios para jovens atletas nos EUA. Nos Regionais do ano passado (uma espécie de classificatória para a disputa nacional), ficou na oitava posição – no que considera seu maior momento na carreira até aqui.

Também passou de nível seis vezes (na patinação os atletas são divididos por níveis e precisam fazer testes com os elementos permitidos em cada etapa para subir na modalidade). Ela saiu do básico 7 para o juvenil, numa escalada surpreendente mesmo para quem aprende a patinar bem antes.

Os números são excelentes, mas ainda ignorados pela grande maioria dos brasileiros. Esse período de treinos ao lado de seus compatriotas em Little Falls, próxima à Nova York, é a grande chance de aparecer para os torcedores, imprensa e patrocinadores.

Posando para fotos (arquivo pessoal)

“Estou muito feliz por ser convidada. É bom quando os treinos intensos produzem resultados e o esforço é reconhecido”, confirma.

E bota esforço nisso. Giulia treina no rink três horas por dia, das 6h às 9h, e ainda combina com aulas de ballet, saltos e condicionamento físico. Só consegue conciliar os treinos com a atividade escolar porque a própria escola permitiu que ela entrasse mais tarde por conta das excelentes notas conquistadas.

Fã do patinador norte-americano Jason Brown, Giulia já traça planos ousados para o futuro. No mês que vem fará os testes para a categoria intermediária, onde tentará subir de nível mais uma vez. Além disso, já começou a treinar elementos para a categoria noviço, a antepenúltima antes do topo.

“Pretendo desenvolver mais ‘power’ e componentes artísticos nas minhas apresentações. Vou continuar com os trabalhos que estou fazendo e com foco em aprender novas técnicas e habilidades. Tenho certeza que com dedicação, os resultados virão naturalmente”.

Relação com o Brasil

A única lamentação da adolescente é não conseguir visitar o país natal com a frequência que gostaria. A última vez que esteve por aqui foi três anos atrás. “É mais fácil meus avós nos visitarem do que termos que comprar passagem para quatro pessoas. Mas os meus pais estão vendo a possibilidade de irmos neste Natal”, afirma a jovem, fã das praias e da comida brasileira.

Mesmo assim, seus maiores sonhos envolvem o país. Quer disputar os Jogos Olímpicos, seguindo os passos de Isadora Williams. “Ela abriu um grande caminho para todos nós e espero que as próximas gerações possam fazer o mesmo para que o esporte seja cada vez mais popular entre os brasileiros”.

Além disso, também quer patinar em uma arena olímpica no solo brasileiro. A única experiência que teve não foi das melhores. “Patinei uma vez num shopping em São Paulo e não consegui sair do lugar! O gelo não tem qualidade, é irregular e o espaço é muito pequeno para poder efetuar qualquer salto. Gostaria de ver outras crianças no Brasil tendo a mesma oportunidade que estou tendo agora. Com a divulgação do esporte, espero que seja possível em breve”.

por giuliaskater